terça-feira, 20 de novembro de 2012

Perda rapida de Peso, Lutas

Lutadores profissionais, como os do MMA, lutam contra a balança sempre que chega o dia do combate. Um dia antes da luta os organizadores fazem a pesagem dos atletas para verificação do peso máximo permitido à categoria ao qual o lutador pertence e eles sempre estão dentro do peso permitido, o que faz muita gente perguntar como os lutadores conseguem perder peso tão rapidamente, mesmo com tanta massa muscular.

A exigência do peso máximo por categoria

Os lutadores de MMA são classificados em categorias de pesos (assim como o boxe, hoje relegado a segundo plano) e são rigorosamente aferidos no dia anterior ao combate em um evento público. As categorias são:
  • Mosca – entre 52,1 kg e 56,6 kg;
  • Galo – entre 56,7 e 61,2 kg;
  • Pena – entre 61,3 kg e 65,7 kg;
  • Leve – entre 65,8 kg e 70,3 kg;
  • Meio-médio – entre 70,4 kg e 77,1 kg;
  • Médio – entre 77,2 kg e 83,9 kg;
  • Meio pesado – entre 83,9 kg e 92,9 kg;
  • Pesado – entre 93 kg e 120,2 kg.
Contudo, a rotina de treinamentos e reposição muscular feita através de alimentação e suplementação vitamínica faz com que os lutadores adquiram pelo menos 10 quilos a mais acima da categoria em que eles lutam e disputam seus cinturões. Por isso mesmo, entre sete e dez dias antes da pesagem oficial os lutadores começam uma rotina quase abnegada para perder esses mesmos 10 quilos. E eles conseguem!

A perda de peso dos lutadores em poucos dias

Por mais que pareça propaganda de algum produto milagroso de emagrecimentos, os lutadores conseguem perder peso graças a uma sucessão de fatores e atitudes que só profissionais de MMA e demais lutadores podem se dar ao luxo e ter e seguir.
  • A rotina dura de treinamentos diários tornam os lutadores verdadeiras máquinas de queimar calorias. Sua massa muscular extremamente desenvolvida favorece o rápido metabolismo de quaisquer elementos engordativos que ousem entrar naqueles corpos.
  • Dietas rigorosíssimas dez dias antes da pesagem, hipocalóricas ao extremo para um lutador de alto desempenho. Geralmente são três refeições com porções minúsculas de carboidratos, proteína e quase nada de gordura, aliados a treinos aeróbicos e técnicos.
  • Por último, total desidratação um dia antes da pesagem. Isso mesmo: nada, absolutamente nada de líquido é ingerido. Pior: o que resta de líquido no corpo e sumariamente retirado em sessões de sauna e imersões em banheiras quentes.
É evidente que tamanhas privações causem alguns efeitos indesejados, como aumento do estresse e perda momentânea da imunidade, além de acessos de mau humor, febres e doenças inflamatórias. Por isso todo o processo é acompanhado de perto por nutricionistas e fisiologistas, já que as perdas não são recuperadas de um dia para outro.

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Dicas de Nutrição para lutadores

A alimentação adequada é uma grande aliada para o sucesso de lutadores durante competições ou treinamentos. O acompanhamento nutricional faz a diferença para o esportista e esses resultados podem ser facilmente observados nos tatames e nos ringues. A nutrição melhora o desempenho e os depósitos de energia, reduz a fadiga (cansaço) e o tempo de recuperação pós-treino, previne conta lesões e mantém a saúde geral do atleta.
Existe uma grande preocupação do lutador em relação ao seu peso corporal e esses quilos a mais ou a menos determinam em qual categoria se enquadrarão durante a competição. O grande segredo de êxito dos lutadores é sempre controlar o peso corporal, mantendo-o próximo do ideal para a sua categoria. Desta forma, torna-se desnecessário a perda de peso muito rapidamente (as vésperas do campeonato), que acarreta na perda de massa muscular e pode levar até a desidratação, reduzindo o seu desempenho esportivo e as gordurinhas que só atrapalham e que deveriam ser perdidas, continuam no organismo.
Durante o treinamento o metabolismo predominante durante o esforço físico é o anaeróbico, treino de alta intensidade sem gasto de oxigênio. A principal fonte de energia utilizada é a glicose proveniente dos estoques de glicogênio musculares, que está diretamente associado com a capacidade de realização dos movimentos. Por isso, que a dica mais importante é jamais treinar em jejum ou de barriga vazia!
A alimentação antes do treino garante a energia e ela pode ser realizada 1 hora antes do treinamento ou uma grande refeição (almoço ou jantar) em até 3 horas antes. Esta refeição deve ser rica em carboidratos complexos de baixo índice glicêmico, para que se tenha uma liberação gradual da energia durante a prática esportiva, moderada em proteínas e fibras e baixa em gorduras. Deve ter como base: arroz integral, batata, inhame, mandioca, macarrão, frutas, cereais integrais, pão integral, queijo branco, carnes magras e verduras e legumes.
Entre 30 a 15 minutos antes do treinamento também pode ser consumido maltodextrina ou outros suplementos que oferecem vários tipos de carboidratos em conjunto. Durante os treinos deve-se manter a ingestão de líquidos para garantir a hidratação. Se o treino ultrapassar 60 minutos recomenda-se utilizar bebidas isotônicas que contenham carboidratos e eletrólitos (sódio e potássio). Após o treino, é extremamente importante repor nutrientes para evitar o catabolismo.
Torna-se necessário a ingestão de carboidratos de moderado a alto índice glicêmico, encontrados nos alimentos como pão branco, macarrão, batata inglesa, banana ou na forma de suplementos maltodextrina e dextrose.
A recuperação muscular é garantida através do consumo de proteína de alto valor biológico como: carnes magras, ovos, leite ou na forma de suplementação (whey protein, albumina e aminoácidos líquidos). Esta refeição deve ser realizada o mais rápido possível, logo após o término do exercício, pois é neste período que os nutrientes são melhores absorvidos.
Isso ocorre devido ao aumento da liberação de hormônios anabólicos. Cuidado com o consumo de gorduras neste momento, pois ela também é rapidamente absorvida e estocada no tecido adiposo na forma de triglicerídeos.
É importante salientar que durante treinamentos e competições os atletas ficam propensos a um maior estresse fisiológico e oxidativo, aumentando a quantidade de radicais livres no corpo. Por isso, a alimentação deve conter antioxidantes como: ômega 3, ômega  6, vitamina C, vitamina E, selênio e beta carotenos. Esses nutrientes podem ser encontrados nas frutas, legumes, verduras, castanhas, nozes e amêndoas.
O período do treinamento influencia diretamente a conduta  nutricional a ser adotada. Por isso, a grande importância de educadores físicos e nutricionistas trabalharem em conjunto para a melhora da performance dos seus atletas.

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